Nos últimos dias, muita gente ficou em dúvida ao ver manchetes afirmando que “Anvisa proíbe unha de fibra de vidro”.
Mas será que a Anvisa realmente proibiu essa técnica? A resposta é não.
Na verdade, a Agência proibiu duas substâncias químicas que estavam presentes em produtos usados para unhas em gel. Em alguns casos, também eram utilizados em extensões de unha de fibra de vidro.
Neste post, você confere o que muda com essa decisão e outras atualizações regulatórias importantes no Brasil e no exterior, que afetam diretamente o setor de dispositivos médicos e cosméticos.
Anvisa proíbe unha de fibra de vidro? Saiba o que realmente foi proibido
A Anvisa não proibiu a unha de fibra de vidro, mas sim o uso das substâncias TPO (Óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), com base em evidências de toxicidade reprodutiva e potencial carcinogenicidade.
Essas substâncias estavam presentes em alguns produtos para unhas em gel, o que gerou confusão nas redes sociais.
Segundo a nova norma, a fabricação e importação desses produtos ficam proibidas imediatamente, e os estoques existentes têm 90 dias para serem retirados do mercado. Depois desse prazo, todos os registros serão cancelados.
Em resumo: a Anvisa não proibiu a técnica de unha de fibra de vidro, mas os produtos utilizados nesse processo devem estar livres das substâncias proibidas.
Empresas e profissionais do setor devem revisar rótulos, fornecedores e registros, garantindo a conformidade com a nova regra.
Soluções salinas passam a ser classificadas como dispositivos médicos
Esclarecido o fato de que Anvisa proíbe unha de fibra de vidro, outra atualização importante é que a Anvisa reclassificou as soluções salinas, que antes eram enquadradas como medicamentos.

Agora, produtos como soro fisiológico e soluções irrigadoras passam a ser considerados dispositivos médicos, e as empresas têm até 30 de maio de 2026 para se adequar.
Cosmetovigilância global deve atingir USD 18,35 bilhões até 2034
Um novo relatório de mercado mostra que o setor global de cosmetovigilância (ou seja, o monitoramento da segurança de cosméticos após o lançamento no mercado - está experimentando um crescimento constante.
O valor deve saltar de USD 12,26 bilhões em 2025 para US$ 18,35 bilhões em 2034, com um crescimento anual médio (CAGR) de 4,59%.
O avanço reflete o aumento das exigências regulatórias e da conscientização sobre a segurança dos consumidores, o que torna a cosmetovigilância uma área cada vez mais estratégica para marcas e fabricantes globais.
China amplia o sistema UDI para dispositivos médicos
A NMPA (National Medical Products Administration) publicou um draft para expandir o sistema de Identificação Única de Dispositivos (UDI), adicionando novas categorias de produtos e reforçando a rastreabilidade ao longo da cadeia de fornecimento.
Com essa atualização, a China demonstra seu compromisso em alinhamento com padrões internacionais, como os modelos dos Estados Unidos e da União Europeia.
Para empresas que exportam ou fabricam dispositivos médicos voltados ao mercado chinês, é essencial acompanhar essas mudanças desde já.
Por que essas atualizações importam
A combinação dessas decisões reforça um movimento global em direção a maior transparência e segurança regulatória, tanto em cosméticos quanto em dispositivos médicos.
A falsa ideia de que “Anvisa proíbe unha de fibra de vidro” mostra como a comunicação clara e técnica é fundamental: o papel da regulação é proteger o consumidor sem restringir práticas seguras.
Empresas que atuam em mercados regulados devem manter atenção constante às mudanças, garantindo que seus produtos estejam em conformidade e prontos para um cenário cada vez mais exigente.
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